Há
quatro décadas, quando a expectativa de vida alcançava meros 60 anos, falar em
menopausa era quase como anunciar o prenuncio da velhice e do término da existência.
Atualmente, o fim dos ciclos menstruais marca apenas uma nova etapa para mulher,
que ainda terá muitos anos de trabalho e experiências pela frente.
No
entanto, não se pode negar o fato de que, por volta dos 50 anos, os ovários reduzem
bruscamente sua atividade, provocando a queda abrupta dos níveis de estrogênio e
progesterona. Sem esses dois hormônios, o organismo tende a perder vigor em
diversas frentes;
- A
pele atrofia;
- Lubrificação
vaginal diminui;
- Diminuição
da libido
- Aumento
do risco de depressão
- E
os desagradáveis fogachos.
Particularmente
em relação ao estrogênio, não podemos esquecer que ele ajuda a conservar o cálcio
dos ossos, por isso a menopausa também é associada a osteoporose. Essa
alteração no esqueleto pode levar a fraturas espontâneas e é mais comum em
mulheres:
- Magras,
- Fumantes
- Pele
clara.
Os
homens não costumam passar por
alterações hormonais significativas na maturidade e, para muitos deles, a
reposição de hormônios é desnecessária. Já no caso das mulheres, depois de anos
de polemica envolvendo o assunto, hoje existem evidencias muito claras que
doses extras de hormônios femininos na fase do climatério ajudam, sim, a manter
a vitalidade física e emocional. Porém elas devem estar cientes que há inúmeras
formas de fazer essa reposição, levando em conta as quantidades, proporções,
vias de administração e até mesmo diferenças na composição dos hormônios artificiais.
O
especialista precisa de uma boa avaliação ginecológica e clínica dos sintomas
relacionados à menopausa para medir se possíveis ganhos valem os potenciais
efeitos colaterais da reposição hormonal. Nem todas as mulheres se beneficiarão
necessariamente do tratamento. E outras, mesmos que as candidatas a terapia,
por outro lado, não poderão faze-la devido a história pessoal ou familiar de
doenças como câncer de mama, trombose etc.
Mulheres
que ainda tem o útero intacto, por exemplo, se beneficiam mais se receberem o estrogênio
associado a progesterona. Isso porque o estrogênio sozinho pode levar ao
espessamento da camada interna do útero, o que eventualmente serve de gatilho
para o câncer de endométrio. Com a combinação de progesterona, porém, o órgão fica
protegido. Já se a paciente tiver passado por uma histerectomia, provavelmente
ela não precisará dos dois hormônios juntos.
Sabe-se
também que o estrogênio administrado oralmente oferece um risco maior de
entupir os vasos se comparado com o hormônio em forma de gel ou adesivos. Assim
como há versões da progesterona que podem provocar mais ou menos retenção de líquidos
e, em alguns casos, contribuir para um quadro depressivo. Diferentes fórmulas
desse hormônio podem ainda ter um efeito positivo na libido, embora também haja
a opção de adicionar pequenas doses de testosterona ao coquetel de hormônios especificamente
para aumentar o desejo sexual. Como se vê, a reposição bem feita é um
verdadeiro quebra-cabeça, que depende da sensibilidade e do talento do médico
ao avaliar de maneira individualizada sua paciente.
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