Meningocócica: Sintomas e tratamentos


A apresentação se dá com mal estar, febre, cefaleia intensa, náuseas e vômitos e prostração e instalação súbita. A doença meningocócica pode incluir meningite (sinal meníngeo em crianças maiores), porém não se restringe a ela, inclui também a meningococemia.

Tem como complicações a necrose profunda com perda de tecidos, paralisias, abscesso cerebral, hidrocefalia sequelar, choque séptico etc.


O agente etiológico e a neisséria meningitidis, cujo o reservatório é o homem doente ou portador. O contato íntimo e direto e o modo de transmissão que pode ocorrer enquanto o patógeno for encontrado na nasofaringe, apresenta um período de incubação de 3 a 4 dias a partir do contato de contágio. A antibioticoterapia (terapêutica ou profilática) erradica o patógeno em 24 horas, tempo este em que deve haver isolamento do doente.

O diagnóstico e clinico e laboratorial (que inclui exame do liquido cefalorraquiano-LCR com culturas), tendo como diferencial as meningites e meningoencefalites em geral (que podem ser causadas por outro patógeno, inclusive virais).

O tratamento é feito com Penicilina em doses elevadas, Cefotaxima e ainda Ceftriaxone.
A quimioprofilaxia deve ser feita dentro de 24 horas após a internação/ diagnostico em contatos íntimos do caso índice (mesmo domicilio, ou frequentadores, mesmo dormitório, creches, pré-escola, ônibus escolar e crianças menores de 7 anos), com Rifampicina por dois dias. A academia americana de pediatria e o centro de vigilância Epidemiológica recomendam profilaxia a estes contatos íntimos quando tiveram contato com o índice de 7 a 10 dias antes do início dos sintomas da doença.


De rotina, não é recomendada aos profissionais da saúde desde que tenham tomado precauções respiratórias no atendimento ao paciente, na intubação orotraqueal ou na aspiração de secreções.
O caso índice precisa receber a quimioprofilaxia antes da alta, amenos que seu tratamento tenha sido realizado com ceftriaxona, que também é um potente erradicador de meningococo do orofaringe. Antibióticos como o cloranfenicol ou penicilinas não atingem níveis suficientes em lagrimas ou saliva para tal finalidade.

O paciente pode ser retirado do isolamento respiratório após 24 horas, porem e aconselhável que o isolamento de secreções seja mantido. Porém, após a suspensão desses antibióticos, o meningococo volta recolonizar o orofaringe em 27 % dos casos.

É doença de notificação compulsória.

Fonte: Principais temas em pediatria 

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