Cérebro: Tudo que você precisa saber




Cérebro
O cérebro é o centro de controle do sistema nervoso. Os hemisférios cerebrais esquerdo e direito compõem a parte superior do encéfalo, a parte maior do cérebro é o lugar onde se produzem os pensamentos, a memória, as sensações, o movimento e outros aspectos dos comportamento consciente. O cerebelo constitui 10% do cérebro e permite que o corpo se mantenha em equilíbrio e que as contrações musculares produzam movimentos delicados e coordenados. Por outro lado, o tronco encefálico, que une o cérebro a medula espinhal controla várias funções vitais, entre elas o ritmo cardíaco, o ritmo respiratório e a pressão sanguínea. Os ventrículos dentro do cérebro estão cheio de fluidos cérebro-espinhal transparente, que permite alimentar e proteger o cérebro e a medula espinhal.


Neurônios e transmissão nervosa
Os bilhões de neurônios do sistema nervoso são células longas e delgadas adaptadas para transportar sinais elétricos chamados impulsos nervosos, formando um sistema de comunicação capaz de transmitir informação em alta velocidade em que permite aos seres humanos pensar, sentir e agir. Cada neurônio tem um corpo celular que contém um núcleo; várias apófises ramificadas, chamadas dendritos, que conduzem os impulsos ao corpo celular; e um longo axônio, ou fibra nervosa, que leva os impulsos do corpo celular a outros neurônios ou a um executor, como, por exemplo, um músculo.

Existem três tipos de neurônios: Os neurônios sensoriais, que levam informação sensorial desde os órgãos sensoriais e outras estruturas até o sistema nervoso central; os neurônio motores que transmitem impulsos nervosos do sistema nervosos central aos executores, como, por exemplo, músculos e glândulas; e os neurônios associativos, que constitui 90% de todo os neurônios e se encontram apenas no cérebro e na medula espinhal, retransmitem impulsos nervosos para outros neurônios, classificando os e analisando os ao mesmo tempo.
Quando ou mais neurônios encontram- se muito perto um do outro, não se tocam, mas se juntam por meio de conexões denominadas sinapses. Se um neurônio é estimulado, uma descarga elétrica, ou impulso nervoso, o atravessa a uma velocidade de até 100 metros por segundo. Na ponta do axônio desse neurônio a uma saliências chamada protuberância sináptica.
Quando o impulso chega a essa protuberância provoca liberação de um elemento químico denominado neurotransmissor, que cruza o espaço entre os dois neurônios e gera um impulso nervosos no neurônio receptor. Esse processo unidirecional é que transmite os impulsos nervosos através do sistema nervoso.


Os 12 pares de nervos cranianos que surgem da parte inferior do cérebro destinam se principalmente a levar informação sensoriais pra pele dos órgãos sensoriais da cabeça e do pescoço e transmitir a resposta motriz aos músculos dessas regiões.
Alguns nervos do crânio são apenas sensoriais e outros, mistos, já que contem neurônios sensoriais motores.

Os nervos do crânio são numerados (números romanos) e classificados segundo suas funções primarias.

- Nervo olfativo (I): Transmite informações sobre odores a partir da cavidade nasal.

- Nervo ótico (II): Transmite sinais visuais a partir da retina do olho.

- Nervo motor ocular (III) e nervo troclear (IV): Controlam os músculos extrínsecos que movem os globos oculares.

- Nervo trigêmeo (V): Transmite informação sensorial a partir do olho, da face e dos dentes; controla os músculos da mastigação.

- Nervo abdutor (VI): Controla o músculo que gira os globos oculares lateralmente.

- Nervo facial (VII): Controla os músculos da expressão facial.

- Nervo vestibulococlear (VIII): Transmite informação sensorial das orelhas da audição e equilíbrio.

- Nervo glossofaríngeo (IX): Transmite informação sobre sabor a partir da língua; controla a deglutição.

- Nervo vago (X): Entende se ao tórax e ao abdômen para controlar várias funções vitais, como ritmo cardíaco.

- Nervo acessório (XI): Controla o movimento da cabeça e dos ombros e participa da emissão da voz.

- Nervo hipoglosso (XII): Controla os movimentos da língua.

A barreira de sangue do cérebro
O cérebro requer um fluxo de sangue constante e generoso com a finalidade de produzir glicose e oxigênio suficientes para que possa satisfazer suas demandas de energia.


De fato, apesar de representar apenas 2% da massa corporal, o cérebro recebe 20% do sangue que circula pelo corpo por unidade de tempo. Na falta de oxigênio, ele rapidamente entra em coma e morre. Apesar dessa necessidade absoluta, o cérebro, mais que qualquer outro tecido, também tem de proteger-se dos flutuantes níveis de sangue e dos fluidos químicos dos tecidos que são produzidos, por exemplo, depois de comer ou fazer exercícios. Tais flutuações poderiam causar a ativação inadequada de neurônios e o colapso do centro de controle. Essa proteção constitui a barreira de sangue do cérebro. Os vasos capilares que irrigam os tecidos cerebrais tem paredes que formam uma barreira para impedir a circulação da maiorias das substancias, incluindo várias drogas. Geralmente, apenas pequenas moléculas como a glicose, ou oxigênio e o gás carbônico podem atravessa-la. No entanto, algumas substancias solúveis em gordura, como etanol (álcool) e a nicotina, também conseguem atravessar essas barreira, daí seus efeitos sobre os SNC semelhantes ao dos anestésicos.

Fonte: Novo atlas 

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