Tudo que você sempre quis saber sobre Laqueadura: a cirúrgia de esterilização feminina

Contracepção Cirúrgica

A contracepção cirúrgica foi proposta em 1823 e oficialmente realizada em 1881 por Samuel Lungren de Toledo, em Ohio, Estados unidos, que ligou as tubas uterinas durante a realização de uma cesariana.

A partir de 1930, a esterilização feminina começou a popularizar-se, pois era indicada como um método de planejamento familiar para mulheres de mais de 40 anos e com oito ou mais filhos.

A técnica foi se aperfeiçoando, exigindo das pacientes um período de recuperação cada vez menor. No entanto, o grande avanço técnico ocorreu na década de 70, com o desenvolvimento da laparoscopia e da mini laparotomia, o que acabou por causar, nos dias de hoje, um aumento da esterilização feminina em relação à esterilização masculina.

Esterilização feminina

Este é o método anticoncepcional cirúrgico através do qual é feita a amarre, pensamento ou secção das tubas uterinas. Desta maneira, o encontro do óvulo com os espermatozoides fica impossibilitado, O que impede a fecundação. 

Pode ser um método dificilmente reversível, é denominado método de esterilização e só deve ser utilizado quando a mulher tem certeza de que não quer ter mais filhos. 

A laqueadura das tubas uterinas é o método de esterilização mais utilizado atualmente entre os casais. Na maioria das vezes, é realizado logo em seguida a realização de uma cesariana. 

Mais recentemente, foi desenvolvida a esterilização através da laparoscopia, que é realizada com o uso de um lá para as cópias. Este instrumento consiste de um tubo flexível equipado com uma câmera, luzes e lentes, que é introduzido na cavidade abdominal da mulher. 

Como esta técnica exige que sejam feitos apenas dois ou três pequenos orifícios, a recuperação pós-operatória é muito mais rápida. 

Esta evolução das técnicas cirúrgicas, bem como as drásticas reduções dos custos hospitalares e do tempo de recuperação, permite que atualmente este método seja utilizado com grande é segurança por um número muito maior de mulheres. 

Pelas próprias características do método, a esterilização feminina é o meio contraceptivo mais eficaz atualmente. Mesmo assim, as poucas falhas que ocorrem neste método se devem a erros técnicos e, a longo prazo, a possibilidade de uma recanalização espontânea de uma das tubas uterinas, o que faz com essa cirurgia não possa ser considerada 100% eficaz. 

Existem diversas formas de causar a esterilidade feminina através de intervenção cirúrgica. Algumas são absolutamente e reversíveis, outras deixam algumas chances de reversão. É muito importante, portanto, conhecer os princípios e as técnicas empregadas em cada uma delas, pois pesquisas demonstram que uma certa porcentagem de mulheres se arrependem de ter realizado a cirurgia por inúmeras razões:

• Novo casamento e desejo de ter filhos com o novo Conjuge;

• Perda de um ou mais filhos em decorrência principalmente de acidentes;

• Mudança de posição sócio-econômica;

• Desejo de tentar mais um filho para que este seja do sexo oposto.

É muito importante lembrar que, devido a grande mudança na vida do casal que a esterilização poderá causar, esta decisão deverá ser tomadas em conjunto. 

Estudos mostram que, ao contrário do que se poderia esperar, A grande maioria das mulheres esterilizadas não desenvolve qualquer problema psicológico, ao mesmo tempo em que os casais ficam menos inibidas em sua vida sexual, uma vez que a preocupação de uma gravidez não desejada está praticamente afastada. 

Vantagens em relação a outros métodos anticoncepcionais:

• é o método anticoncepcional feminino mais eficaz;
• não requer planejamento para o ato sexual;
• não diminui a sensibilidade ou o desempenho sexual.

Desvantagens em relação aos outros métodos anticoncepcionais:

• é um método que, para ser realizado, requer intervenção cirúrgica;
• apesar dos avanços conseguidos, o preço ainda continua alto para maioria da população; 
• praticamente Irreversível, pois em casos de arrependimento, as chances de recuperação das tubas uterinas são pequenas;
• não eventual contágio das doenças sexualmente transmissíveis, Inclusive a AIDS.