Dor de cabeça recorrente? Pode ser rinite alérgica, entenda



A rinite é reação de hipersensibilidade imediata, mediada por anticorpos IgE, contra alérgenos como pó domiciliar, esporos de fungos, pêlos de animais e mais raramente por alimentos, sobretudo leite de vaca. A interação desses alérgenos com IgE específica fixada a superfície dos mastócitos naturais promove a liberação de mediadores farmacologicamente ativos, sendo a histamina o principal. A histamina provoca vasodilatação, edema da mucosa e aumento da produção de muco.




Clinicamente, a rinite alérgica caracteriza-se por obstrução e prurido nasais, espirros em salva, rinorréia, respiração bucal, roncos e cefaléia. A rinorréia pode ser concluída e hialina ou espessa e mucopurulenta. A tosse noturna é muito frequente em crianças. Ao exame físico observamos palidez cutânea, escurecimento periorbitário e dupla linha infra orbitária. O palato em ogiva, assim como a má oclusão dentária, ocorre mais frequentemente em crianças devido a respiração bucal por longo tempo. É frequente o acometimento dos seios paranasais e do ouvido médio. Como a mucosa que reveste o nariz prolonga-se para os seios da face, é praticamente impossível dissociar rinite alérgica da sinusopatia. O acometimento dos Seios da face no adulto leva as queixas típicas cefaléia, dor na face, etc alternativa O que não se observa na criança.




Exames que seu médico pode pedir...

A avaliação Laboratorial da rinite e sinusite alérgica é feita por citograma nasal, pesquisa de eosinófilos, radiografia dos seios paranasais, Ava avaliação audiológica audiometria e impedanciometria, testes cutâneos de sensibilidade imediata inaláveis e nível sérico de IgE total e específica.


Tratamento...

O tratamento da rinite alérgica pode ser dividido em cuidados ambientais, imunoterapia específica e tratamento sintomático.

Os cuidados ambientais para diminuir a exposição aos alérgenos inaláveis, vêm como as indicações e o mecanismo de ação da imunoterapia específica.
Os medicamentos utilizados no tratamento da rinite alérgica podem ser divididos em três grupos:
  • Medicamentos que atuam contra os efeitos farmacológicos dos mediadores liberados pelos mastócitos, após união antígeno-anticorpo adrenérgicos.
  • Medicamentos que atuam por competição com a histamina anti-histamínicos.
  • Medicamentos que impedem a liberação de mediadores de mastócitos basófilos cromoglicato dissódico e cetotifeno.

Os agentes adrenérgicos em Ação alfa e beta adrenérgica e Ação principalmente vasoconstritora na mucosa nasal. Podem ser usados topicamente por curto prazo 3 a 5 dias, para alívio de sintomas Agudos. O uso prolongado leva a efeito rebote, ou seja, edema cada vez mais acentuado da mucosa, com uso progressivamente maior da droga, caracterizando rinite medicamentosa. As drogas adrenérgicas podem ser usados por via oral isolada ou associada à mente a anti-histamínicos. Sua indicação habitual e nesta última apresentação. Os adrenérgicos de uso tópico são a fenilefrina e, nafazolina, oximetazolina e Xilometazolina.
Os anti-histamínicos por via oral são mais eficazes quando usados precocemente, no quadro da rinite alérgica e têm maior dificuldade em controlar a obstrução nasal já estabelecida. Existem várias classes de anti histamínicos anti H1. A resposta clínica as diferentes classes é individual, portanto, não havendo melhora com histamínico de determinada classe, deve ser tentado o uso de outro, de outra classe. O uso prolongado do anti histamínico pode levar à perda da sua eficácia terapêutica e nessa situação pode-se também tentaram pelo produto de classe diferente. Casos recentes de complicações cardíacas foram relatados com anti-histamínico não clássicos como ter Senna Tina, astemizol, sobretudo quando utilizados em regime de Hiper dosagem ou em Associação com antibióticos macrolídios (Eritromicina e outros) ou agentes antifúngicos (Cetoconazol e itraconazol). É muito importante que as doses recomendadas sejam respeitadas, e tais associações devem ser evitadas. Recentemente disponíveis, a fexofenadina, tem sido utilizada em adolescentes e adultos. O mesmo tem ocorrido com a Epinastina, a Ebastina e à Desloratadina. Outros compostos ainda estão em estudo Levocetirizina e Tecastemizol.
Aquisição recente entre nós foi a de preparados anti H1 para uso tópico intranasal Azelastina e levocabastina. Por ter ação local e baixo índice de absorção, não se acompanha um dos efeitos colaterais muito comuns aos outros anti H1 sistêmicos. Sua indicação principal são os casos em que a obstrução nasal não é componente importante do quadro clínico.
Como medicação profilática, o cronograma capilar de sódico, de uso tópico, na concentração de 2 a 4% em Salinas, apresenta bons resultados. Deve ser usado com frequência 6 vezes ao dia. Os antagonistas dos receptores de leucotrienos têm sido empregados no tratamento de pacientes com rinite alérgica sobretudo se associado à asma ou uso tem sido acompanhado, por melhores resultados clínicos.



Fonte: Atualização Terapêutica 

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