Efeitos farmacológicos da Cannabis

 
                                 




O THC atua principalmente no sistema nervoso central (SNC), produzindo uma mescla de efeitos psicotomiméticos e depressores, juntamente com vários efeitos autonômicos periféricos mediados centralmente. Os principais efeitos subjetivos em seres humanos consistem nos seguintes.

·         Sensação de relaxamento e bem estar, similares ao efeito do etanol, mas sem a imprudência e a agressividade associadas. ( A insensibilidade ao risco é um importante aspecto do álcool – frequentemente um fator nos acidentes automobilísticos. Os usuários de cannabis são menos propensos a acidentes, apesar de seu desempenho motor ficar similarmente prejudicado)

·         Impressões de consciência sensorial aguçada, com sons e visões parecendo mais intensos e fantásticos. 



Esses são similares, mas usualmente menos pronunciados que aqueles produzidos por drogas psicotomiméticas, como a dietilamida do ácido lisérgico ( LSD). Os indivíduos relatam que o tempo passa e forma extremamente lenta. As sensações alarmantes e ilusões paranoides que frequentemente ocorrem com o LSD raramente são experimentadas com cannabis. Alguns estudos apoiam a associação entre o uso crônico e subsequente esquizofrenia e distúrbios do humor ( Henquet ET at.,2005; Leweke & Koethe, 2008).

Os efeitos centrais que podem ser diretamente mensurados nos estudos em seres humanos e animais incluem:

  • Comprometimento de memória de curto prazo e de tarefas de aprendizagem simples – as percepções subjetivas de autoconfiança e criatividade aumentada não se refletem no desempenho real;

  •  Prejuízo da coordenação motora (por exemplo: desempenho na direção de veículos);

  • Catalepsia – adoção de posturas fixas não naturais;

  • Hipotermia;

  •   Analgesia;

  •  Ação antiemética;

  •  Aumento do apetite.

Os principais efeitos periféricos da cannabis são:
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  •  Taquicardia, que pode ser evitado por fármacos que bloqueiam a transmissão simpática;

  •  Vasodilatação, que é particularmente marcante nos vasos da esclera e da conjuntiva, produzindo um aspecto de congestão sanguínea característico dos fumantes de cannabis;

  • Redução da pressão intraocular;
 
  •    Broncodilatação.
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 Fonte: Farmacologia Rang e Dale

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