Diferenças entre medicamentos genéricos, marcas.
Sempre
que vou a uma farmácia denominada “popular” sou obrigada a ouvir de um
profissional com conhecimentos (às vezes até do farmacêutico! Polêmico...), que
um medicamento similar é genérico. Uma falta de respeito com os pacientes que
são leigos e não sabem que existe sim, uma diferença gritante entre os dois, e
confiam no trabalho daquele profissional em questão. Fora ouvir as “lendas”
sobre os medicamentos genéricos dos pacientes, quando são oferecidos como opção
mais barata. Vou tentar quebrar estes
mitos diabólicos criados ao longo do tempo.
Por que raios o genérico é tão mais barato que o medicamento
classificado como Marca os tais “originais”?
Entenda
que o medicamento de marca (originais) o laboratório que o criou, investiu na pesquisa
e desenvolvimento da molécula desta sustância, fez testes em seres humanos,
pagou a patente e colocou a carinha de a tapa, lançando o “sulfato de deus sabe
o que” no mercado. Então o pobre coitado, tem que recuperar todo este
investimento! O tempo da patente ( que significa que só aquele laboratório que
criou e registrou a substancia como sua invenção tem direito a vende-la
exclusivamente no mercado) varia de 15 a 20 anos. Depois desse período o laboratório
é obrigado a liberar sua “receitinha de bolo” para outros laboratórios. E ai
nasce os genéricos, que pegam tudo prontinho e não tem trabalho com nada, só de
mandar fazer um lote e mandar para as farmácias, que beleza!
Então a
produção se torna mais barata para o fabricante dos genéricos. Você vai
observar que tem laboratórios que vendem o genérico e a marca, não dá pra fazer
diferente neh? Um exemplo é a Astra Zeneca que em conjunto com a medley criou o
genérico do Nexium (que é caro pra caramba) o ezomeprazol. E o ezomeprazol é
metade do preço do Nexium. Por que fazem isso? Para não perder mercado, com o
lançamento dos genéricos de seus medicamentos de marca, é claro!
No Brasil
os genéricos são até 35% mais baratos, passam por rigorosos testes de
bioequivalência ( onde provam que são
iguais aos medicamentos de marca, cuja a formula copiaram).
Então por que alguns profissionais dizem que existe
diferença?
Eis uma
polêmica... Reza a lenda, não sei se é verdade que alguns laboratórios dão “presentinhos”
para médicos que prescrevem a marca (veja bem, EU NÃO SEI SE É VERDADE!) outros
médicos por conhecerem bem o medicamento de marca e possuírem uma graduação
mais antiga, não se atualizam, e tem preconceito com os genéricos (e quem paga
é o paciente). Mas não podemos generalizar obviamente.
Alguns
pacientes dizem que sentem diferença, que só melhoram com o medicamento de
marca e que o genérico faz mal ou não faz efeito, enfim, em maioria dos relatos de pacientes
que já ouvi, parecia ser mais de origem psicológica do que realmente tão trágicos
como foram descritos, para essa coleguinha que vos fala.
Existe
sim, um genérico que eu acredito que tem diferença da marca (minha opinião)
É a
levotiroxina sódica (genérico do PURAN, para tireoide). Pois outros
profissionais farmacêuticos já me orientaram sobre este genérico, o porquê eu
não sei... Conheci alguns pacientes que fazem uso e não sentem diferença,
enfim, prevaleça a sua opinião colega farmacêutico (A) afinal cada caso é
individual, não dá para generalizar.
Ta, e o tal similar?
É o medicamento autorizado a ser produzido após prazo da patente de
fabricação do medicamento de referência ou inovador ter vencido, com o mesmo princípio
ativo, concentração, forma farmacêutica, via de administração (injetável, oral,
tópico etc.), posologia e indicação terapêutica do medicamento de referência
registrado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária no Brasil ou órgão de
federal responsável pela vigilância sanitária. Medicamentos similares são
representados através de sua própria marca comercial, diferente dos medicamentos
genéricos que são representados pelo princípio ativo. No
Brasil esta classe de medicamentos é líder de mercado com 65% do total das
vendas.Segundo a ANVISA um similar é: aquele medicamento que contém o mesmo ou os mesmos princípios ativos apresenta a mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica, preventiva ou diagnóstica, do medicamento de referência registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária, podendo diferir somente em características relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veículos, devendo sempre ser identificado por nome comercial ou marca.
Seu registro só é liberado e publicado pela ANVISA mediante á apresentação dos testes de equivalência farmacêutica e de biodisponibilidade relativas exigidas pelo Ministério da Saúde no cumprimento da Resolução RDC nº 72, de Sete de abril de 2004. No entanto, não é realizado o teste de bioequivalência. Este teste de bioequivalência garante a intercambialidade dos genéricos e devido a isto os medicamentos similares não são intercambiáveis.
Também é um medicamento de qualidade (dependendo do laboratório) E são mais baratos que o próprio genérico, porém, eles (os similares) não são iguais ao medicamento de marca. A forma farmacêutica, o excipiente, a eficácia (comparado ao medicamento de marca) podem variar, colocando em risco a saúde do paciente, que vai a farmácia e é “tapeado” pelo profissional mal intencionado, em busca de comissões melhores. Confesso que já ofereci sim similar para um paciente, porem com responsabilidade, explicando que existem diferenças. Ficando a critério do mesmo decidir.
Espero ter ajudado a tirar alguma dúvida, Qual sua opinião? Compartilhe com a gente alguma situação.
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