Você sabe a diferença entre os adoçantes?




O adoçante dietético é produzido a partir de edulcorantes, substancias naturais ou artificiais responsáveis pelo sabor doce. Eles possuem poder de adoçamento muitas vezes bem maior que o açúcar da cana (açúcar comum), e são recomendados para dietas especiais como as de restrição (principalmente diabetes) e de emagrecimento.

A seguir, uma relação dos principais adoçantes encontrados no mercado, com suas respectivas características.


  • Ciclamato
O ciclamato é um adoçante sintético, não calórico, que foi descoberto em 1940, a partir de um derivado do petróleo, o ácido ciclohexano sulfâmico. Com um poder adoçante que supera em 30 vezes o da sacarose ( o açúcar comum), o ciclamato hoje é permitido no Brasil, Estados Unidos, Canadá e em mais 40 países, embora tenha sido banido a alguns anos em certos países, depois que alguns estudos o associaram ao aumento de risco de câncer de bexiga em ratos. Apresenta um sabor próximo do açúcar, mas com o residual amargo. É um dos adoçantes mais baratos do mercado e é muito utilizado pela indústria, principalmente refrigerantes dietéticos.

Deve ser evitado por hipertensos, já que costuma aparecer na forma sódica ou seja combinado com o sódio.


  • Sacarina
A sacarina é o adoçante artificial não calórico mais antigo que existe.Sua descoberta ocorreu em 1879 e a utilização ocorre desde 1900. Também extraída de um derivado do petróleo, o ácido sulfanoilbenzóico, apresenta um poder adoçante 200 a 700 vezes maior que o açúcar comum. Sozinha em altas concentrações , a sacarina tem gosto residual amargo e metálico e, por isso é normalmente associada ao ciclamato. No nosso organismo ela é absorvida lentamente, mas não é metabolizada, sendo excretada inalterada pelo rim. Sua maior qualidade é sua estabilidade em altas temperaturas, podendo ser preparações quentes.

Apesar de altas doses de sacarina ter sido associada ao aumento do câncer de bexiga em ratos, esses resultados Foram reavaliados e os novos estudos indicam que tumores em ratos crescem por motivos que não são relevantes para as condições humanas. Por isso, o governo americano retirou oficialmente a sacarina da lista de agentes cancerígenos.



  • Aspartame
O aspartame é um adoçante não calórico artificial, descoberto em 1965. Obtido através de dois aminoácidos naturais presentes em vários alimentos, o ácido aspártico e a fenilalanina, o aspartame talvez seja o adoçante mais apreciado devido ao seu gosto bastante parecido com o açúcar, sem apresentar residual amargo. Com um poder de doçura 60 a 200 vezes maior que o da sacarose, o aspartame perde sua doçura quando colocado em altas temperaturas. Por isso, sugere-se que seja utilizado em alimentos e líquidos após serem retirados do fogo. É contra indicado para os portadores de fenilcetonúria (incapacidade do organismo de metabolizar a fenilalanina), anomalia rara que geralmente é diagnosticada no nascimento (teste do pezinho). Pelo mesmo motivo, não é aconselhado o uso por gestantes.

Ultimamente, algumas discussões a respeito do uso desse adoçante tem surgido no meio científico e na imprensa, gerando controvérsias. Noticias associando o uso de aspartame ao aparecimento de tumores, mudanças de humor, perda de memória, entre outros malefícios, têm assustado as pessoas. Entretanto, não existem comprovações científicas que o aspartame cause qualquer anomalia.

Os estudos mostram que o consumo muito além do normal poderia provocar efeitos no sistema nervoso. Por isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) sugere uma quantidade limite de ingestão, e isso vale para qualquer adoçante artificial.



Embora estudos mostrem que o aspartame é seguro para consumo, cientistas mais desconfiados continuam pesquisando a relação do consumo sem controle do aspartame com câncer no cérebro, útero, ovário e no pâncreas. Com relação dos efeitos negativos do produto sobre a memória, alguns estudos estão sendo conduzidos para demonstrar que o aspartame, depois de metabolizado pelo organismo, se transforma em metanol, substancia tóxica que pode afetar o cérebro, mesmo em pequenas quantidades.



  • Acessulfame-K

Descoberto em 1947, o acessulfame-K foi aprovado pela FDA Food and Drug Administration em 1988 para uso em bebidas, sobremesas, gomas de mascar e adoçantes de mesa. O acessulfame-K é um sal de potássio sintético produzido por um ácido da família do ácido acético. Com um poder de doçura 180 a 200 vezes maior que o açúcar comum, esse adoçante tem um sabor residual semelhnate á glicose. O organismo o absorve mais não o metaboliza, o que significa que é eliminado como é ingerido. É um adoçante considerado totalmente seguro por ser estável em altas temperaturas e facilita suas preparações em forno e fogão.



  • Sucralose

Adoçante sintético obtido a partir da cloração da sacarina. Apresenta poder adoçante 600 vezes maior que o açúcar comum, resistindo muito bem a altas temperaturas, não possuindo sabor residual amargo. Seus efeito são plenamente conhecidos no organismo, embora se saiba que é atóxica á reprodução e ao crescimento de crianças. O FDA/EUA ainda não deu um parecer final sobre esse adoçante.

  • Steviosideo
Adoçante natural descoberto em 1905, extraído da stévia, uma planta  originaria da Serra do Amanbaí, na fronteira do Brasil com o Paraguai. É muito consumido no mundo oriental, principalmente no Japão. Seu poder adoçante é cerca de 200 vezes a 300 vezes maior que o do açúcar comum, sendo o único adoçante de origem vegetal produzido em escala industrial. É totalmente atóxico e seguro ao organismo, mas seu uso é pequeno devido a um sabor residual amargo que possui.




  • Xylitol, Sorbitol e Manitol
Esses adoçantes obtidos pela redução da glicose (sorbitol) e frutose ( manitol) e também pela hidrogenação da xilose ( xylitol), têm sido amplamente empregados pela indústria na produção de goma de mascar e balas, já que não causam caries.São adoçantes calóricos sendo que cada grama contem 4Kcal.



Recomendação máxima diária de adoçantes (OMS)

Para obter o valor diário (máximo) recomendado basta multiplicar o valor abaixo pelo seu peso.



Edulcorante                                               Limite (mg/Kg)

Acessulfame-K                                             15

Aspartame                                                    40

Ciclamato                                                     11

Sucralose                                                      15

Sacarina                                                        5

Stévia                                                            5.5    

Xylitol, manitol, sorbitol                              15



Fonte Pharmacia de alimentos  autora Jocelem Mastrodi 

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